terça-feira, 20 de outubro de 2009






REPOUSO


Seu corpo repousa sobre a alvura do lençol,
Merecido descanso após o febril embate.
Há pouco, da sua boca uma língua de fogo
Saia lambendo e queimando minha pele.
Seus dentes mordiscando minha carne,
Testemunhavam sua fome imensa,
Suas mãos percorrendo meu corpo,
Procuravam seu destino no caminho,
Seu corpo se enlaçando ao meu
Suplicava carícias e carinhos.
Seus dedos pressionando minha pele
Eram um pedido de penetração.
Nosso corpos nus dançaram sobre a cama
A dança dos amantes ancestrais,
Em diferentes posições de encaixavam
Na perfeição moldada pela natureza.
Sem racionalização eram perfeitos,
Na busca do prazer primário.
Dois corpos, dois seres, duas almas,
Resumindo todo o universo.
Na criação do belo se esmeraram,
Na produção do prazer, do gozo.
Corpos, corações, almas,
Sem pejo, sem culpa, se entregaram.



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