terça-feira, 28 de abril de 2009

QUERO TE AMAR



Quero te acercar de mim, acariciar sua pele...

Quero sentir o perfume que vem de você

quando nos amamos,

Quero ouvir sua voz baixinho em meus ouvidos,

E ficar assim, abraçada a você, na penumbra...

E falar de nossos sentimentos, de nossas emoções,

E deixar que nossas mãos nos explorem,

nos toquem...



Quero deixar a pele arrepiada lentamente

vá substituindo a calma pelo desejo...

Quero sentir o toque dos seus lábios

em minha orelha,

E esse seu jeito gostoso de cheirar meu pescoço,

Quando você chega, com saudade...

Quero te tocar devagarinho,

te excitar, nos sentir

Quero te afagar inteiro e ao mesmo tempo

um só pedacinho....

Quero te profanar e violar seu desejo,

seu corpo

Quero que você se doe numa entrega total,

louca, apaixonada.

Depois quero a paz e a calma,

com cheiro de manhã de primavera,

E enquanto descansamos num abraço,

numa banheira...

Quero seu beijo, calmo.... quente...

uma carícia terna, um olhar...

Quero conhecer seus mistérios,

sua alma, seu coração...

Quero te envolver, me aproximar...

Quero dizer numa voz baixa, rouca...

Eu amo você, paixão...


(Morgana das Fadas
SELVAGEM DOMADO


Em mil delírios roucos te abraço
sentindo o tremor do teu corpo,
ás vezes me entristeço nos compassos,
sentindo o amargo gosto do adeus.



Sem flecha, sem arco, sou seu índio
das terras onde a guerra se findou,
sem medo, nem temor, sou seu gemido
no espaço em que teu braço me cercou.




Não quero mais saber da boemia
se em casa tenho o gosto de viver
e junto ao gozo, toda a alegria
de ser amado e de te pertencer.




Fingindo ser criança sou teu homem
e nos teus seios perco a minha idade,
deitando em nossa cama sou selvagem,
menino delirando de saudade.





E de manhã acordo em tua nudez
querendo novamente anoitecer,
para afogar de vez estes desejos
que me pintam para a guerra do prazer.





Nas ruas, de você não me despeço,
para sentir que estou sempre junto a ti;
a noite vem chegando pouco a pouco
e sem perceber eu já fugi.....
fugi da vida para os teus braços,
que ardentes me afagam sem cessar;
e no amor, as luzes adormecem,
criança sou de novo a delirar.



(desconheço o autor)

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Teu Sexo eu Adoro


Quando nossos corpos se tocam
Mesmo por cima da roupa ...
Sinto o calor que vem do teu corpo ...
Misturando ao calor do meu ...
São gotas do suor ...



Gotas de quem esperou por esse momento ...
Agora , as roupas vão caindo ...
Revelando o sexo nervoso ...
Sexo endurecido ...
Sexo umedecido ...




Mãos que seguram sexo ...
Mãos que penetram sexo ...
Línguas que lambem ...
Sexo que arrepia ...


Sexos que se encontram ...
Enfim ...



Sexo que agasalha ...
Sexo que desbrava ...
Acabamos ...




Me deito sobre teus pelos ...
Sinto o cheiro do meu sexo ,
No teu ...
Sinto o teu cheiro misturado
Ao meu ...



Cheiro do gozo supremo ...
Cheiro do sexo ...
Que eu adoro ...

Zé do Neca
Do teu cheiro




O gosto da tua pele
sal impregnado em meus lábios
que me mata de sede
à beira da fonte dos teus prazeres.





O teu gosto na minha boca
mel que sacia meus desejos
na hora derradeira
do medo de te perder
em meio aos lençóis.





O teu cheiro impregnado
no meu corpo
perfume raro que nem a chuva
leva de mim...




Do teu cheiro



O gosto da tua pele
sal impregnado em meus lábios
que me mata de sede
à beira da fonte dos teus prazeres.




O teu gosto na minha boca
mel que sacia meus desejos
na hora derradeira
do medo de te perder
em meio aos lençóis.





O teu cheiro impregnado
no meu corpo
perfume raro que nem a chuva
leva de mim...







Do teu cheiro

O gosto da tua pele
sal impregnado em meus lábios
Indecências





Quantas esteiras de luz
se acendem
quando me tocas?
Milhares de estrelas
espetam meus dedos
rios se perdem
deixando em abandono
os seus leitos.




E um atropelo de veias
sangue correndo veloz
sem saída.
Tantas farpas
me cortam a pele
tantos frios
eriçam meus pelos
quando me tocas...





Eu ardo febril
- tantas chamas -
e tremo de medo
- quantos gelos -
quando me tocas...
Tantas catástrofes
tumultos
revoltas
provocas em mim.





Alteram-se os sais
queimam-se calorias
e quantas loucuras
submetes minha química
quantas queimaduras
me causa a tua pele.
A quantos perigos
me exponho
quando me tocas...



que me mata de sede
à beira da fonte dos teus prazeres.





O teu gosto na minha boca
mel que sacia meus desejos
na hora derradeira
do medo de te perder
em meio aos lençóis.




O teu cheiro impregnado
no meu corpo
perfume raro que nem a chuva
leva de mim...


DESC AUTORIA
Mulher, mulher e mulheres...

Quer ser maravilhoso,
Quer ser afetuosos.

Mulher, que poder extremo sobre nós,
Que força nos rege e nos faz em algum momento só.

Mulher forte, autoura renova o homem tão velho,
Tão sofrido, tão esquecido, tão nocivo e sucessível de erros.

Mulher que louca vida tu faz agente passar,
Que louca hora faz a gente acordar,
Passando por nosso passado,
vivendo o nosso presente,
ocupando um espaço ausente.

Mulher que renova, rega, cuida, poda, colhe, não escolhe,
Mulher de hoje, de amanhã, de todo dia renova a vida vazia
Criando uma eterna fantasia...

Mulher de toda hora,
Mulher que chora,
Mulher que grita,
Mulher que agita,
Mulher que nunca se limita...


de José Renato da Silva Júnior
CIO VAZIO
(proibido para menor)



Graça da Praia das Flechas




Sexo ardente, pensando indecente.
Homem onde estás?
Por ti me contorço
No esforço me acaricio, no cio... vazio...
Sede intensa
Paixão imensa é demência
Maluquice
Burrice...



Te dou por trás
Não ligue para meus Ais...
Me pegue
Membro em riste
Anda
Penetre-me
Aumente meu apetite!
Põe em cima
Embaixo
Na frente
Atrás
Não pára, quero mais...




Está tudo em fogo
Não escondo meu jogo...
Meu sexo perfumado.
Vem, me coma!
Safado!
Assim! Me masturbe, tarado.
Sou fruta madura
Suculenta.
Beba de mim, em meu cálice carmim...



Violentada
Endemoniada
Renegada sou...
De Amor, o Homem em prantos ficou...
Mulher não morre
Tem sorte, mata num só golpe...




Misteriosa.
Vou reluzente de gozo
Procurando pelo mundo, o homem chorando de novo...

CIO

CIO


Vira-lata,

Amor que me mata.

Vocifera

A fera que escuta

Exaltado no cio da gata

Um pedido:

Faz-me puta?!!

Arremete voraz,

Mete medo.

Põe o dedo,

Esfrega, relaxa;

No ouvido

Te conto um segredo...

Um brinquedo

No outro se encaixa.




Frederico Salvo.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

John Donne


Elegia: indo para o leito

Vem, Dama, vem que eu desafio a paz;
Até que eu lute, em luta o corpo jaz.
Como o inimigo diante do inimigo,
Canso-me de esperar se nunca brigo.



Solta esse cinto sideral que vela,
Céu cintilante, uma área ainda mais bela.
Desata esse corpete constelado,
Feito para deter o olhar ousado.





Entrega-te ao torpor que se derrama
De ti a mim, dizendo: hora da cama.
Tira o espartilho, quero descoberto
O que ele guarda quieto, tão de perto.
O corpo que de tuas saias sai
É um campo em flor quando a sombra se esvai.



Arranca essa grinalda armada e deixa
Que cresça o diadema da madeixa.
Tira os sapatos e entra sem receio
Nesse templo de amor que é o nosso leito.



Os anjos mostram-se num branco véu
Aos homens. Tu, meu anjo, és como o Céu
De Maomé. E se no branco têm contigo
Semelhança os espíritos, distingo:
O que o meu Anjo branco põe não é
O cabelo mas sim a carne em pé.



Deixa que minha mão errante adentre.
Atrás, na frente, em cima, em baixo, entre.
Minha América! Minha terra a vista,
Reino de paz, se um homem só a conquista,



Minha Mina preciosa, meu império,
Feliz de quem penetre o teu mistério!
Liberto-me ficando teu escravo;
Onde cai minha mão, meu selo gravo.


Nudez total! Todo o prazer provém
De um corpo (como a alma sem corpo) sem
Vestes. As jóias que a mulher ostenta
São como as bolas de ouro de Atalanta:



O olho do tolo que uma gema inflama
Ilude-se com ela e perde a dama.
Como encadernação vistosa, feita
Para iletrados a mulher se enfeita;
Mas ela é um livro místico e somente

A alguns (a que tal graça se consente)
É dado lê-la. Eu sou um que sabe;
Como se diante da parteira, abre-
Te: atira, sim, o linho branco fora,
Nem penitência nem decência agora.


Para ensinar-te eu me desnudo antes:
A coberta de um homem te é bastante
Carlos Drummond de Andrade



Amor, pois que é palavra essencial




Amor – pois que é palavra essencial
comece esta canção e toda a envolva.
Amor guie o meu verso, e enquanto o guia,
reúna alma e desejo, membro e vulva.

Quem ousará dizer que ele é só alma?
Quem não sente no corpo a alma expandir-se
até desabrochar em puro grito
de orgasmo, num instante de infinito?

O corpo noutro corpo entrelaçado,
fundido, dissolvido, volta à origem
dos seres, que Platão viu completados:
é um, perfeito em dois; são dois em um.

Integração na cama ou já no cosmo?
Onde termina o quarto e chega aos astros?
Que força em nossos flancos nos transporta
a essa extrema região, etérea, eterna?

Ao delicioso toque do clitóris,
já tudo se transforma, num relâmpago.
Em pequenino ponto desse corpo,
a fonte, o fogo, o mel se concentraram.

Vai a penetração rompendo nuvens
e devassando sóis tão fulgurantes
que nunca a vista humana os suportara,
mas, varado de luz, o coito segue.

E prossegue e se espraia de tal sorte
que, além de nós, além da prórpia vida,
como ativa abstração que se faz carne,
a idéia de gozar está gozando.

E num sofrer de gozo entre palavras,
menos que isto, sons, arquejos, ais,
um só espasmo em nós atinge o climax:
é quando o amor morre de amor, divino.

Quantas vezes morremos um no outro,
no úmido subterrâneo da vagina,
nessa morte mais suave do que o sono:
a pausa dos sentidos, satisfeita.

Então a paz se instaura. A paz dos deuses,
estendidos na cama, qual estátuas
vestidas de suor, agradecendo
o que a um deus acrescenta o amor terrestre.
Djalma Filho



Ainda os lençóis

Lençóis abaixo
Lençóis acima
Trocentas diversões
Meu traço risca teu
espaço em voz e direção
Meu corpo encurva
e te submete a mais
uma exploração...




Lençóis abaixo
Lençóis acima
Perco o diapasão
Há um afinar de
corpos pelo ouvido
Quero te ouvir sempre
em movimentos entônicos
de orgasmos



Lençóis abaixo
Lençóis acima
Caio de quatro
Percebo no ato o
penetrar manso
Estou alucinado
pelos movimentos sutis
de descobertas

Lençóis abaixo
e acima...
estou em ti...
como voraz os pés
da cama...
e a teus pés eu
declamo
harmonias loucas
perdidas e lúcidas
já sem lençóis,
sanidade
ou sensatez.