sexta-feira, 9 de julho de 2010

Castigo




Agostina Akemi


Castigo


Desencaixo-me displicente.
Esvaziei-me, enfim.
Teu corpo
ainda queima,
tua mão ainda afaga.



Jamais
o prazer fora tão perverso.
Escondo meus lábios
atrás do batom.



Teus olhos
canibais marinhos
começam a se desfazer.
Não consigo te acompanhar.
És tão tolo...



Ainda me engasgo
com um último orgasmo.
Venci.


Sou aquela
que pela primeira vez
amas.
Mas a noite se esvai.



Sei que vais me tocar:
deixarei?
Não quero me amarrotar.
Tua boca me implora,
só que as estrelas se apagaram.



Vou-me embora
para nunca mais...
Se fosse amor,
não acabaria.




PUBL


09 07 10

AS

14:17 HRS

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