domingo, 13 de dezembro de 2009

A Um Ausente




A Um Ausente



Tenho Razão De Sentir Saudade, Tenho Razão De Te Acusar.

Houve Um Pacto Implícito Que Rompeste.
E Sem Te Despedires Foste Embora. Detonaste O Pacto.
Detonaste. A Vida Geral, A Comum Aquiescência.


De Viver E Explorar Os Rumos De Obscuridade.
Sem Prazo Sem Consulta Sem Provocação
Até O Limite Das Folhas Caídas Na Hora De Cair.


Antecipaste A Hora. Teu Ponteiro Enlouqueceu,
Enlouqueceu Nossas Horas.
Que Poderias Ter Feito
De Mais Grave Do Que O Ato Sem Continuação,
O Ato Em Si, O Ato Que Não Ousamos
Nem Sabemos Ousar.

Porque Depois Dele Não Há Nada?
Tenho Razão Para Sentir Saudade De Ti,
De Nossa Convivência Em Falas Camaradas,
Simples Apertar De Mãos, Nem Isso,
Voz Modulando Sílabas Conhecidas E Banais.

Que Eram Sempre A Certeza E Segurança..
Sim, Tenho Saudades.


Sim, Acuso-Te Porque Fizeste.
O Não Previsto Nas Leis Da Amizade
E Da Natureza.Nem.

Nos Deixaste Sequer
O Direito De Indagar.
orque O Fizeste,
Porque Te Foste.

Nenhum comentário:

Postar um comentário