terça-feira, 24 de março de 2009





Poema 19



Filha morena e ágil, o sol que nasce das frutas,
e que dá essência aos trigos, e que torce as algas,
filho teu corpo alegre, teus luminosos olhos
e tua boca que tem o sorriso da água.


O sol negro e ansioso te enrola nos raios
de negros fios, quando esticas os braços.
Tu jogas com o sol como um esteiro
e ele te põem em teus olhos dois escuros remansos.






Filha morena e ágil, nada havia que ti me ajunta-se.
Tudo de ti me afasta, como o meio dia.
É a delirante juventude da abelha,
a embriaguez das ondas, a força da espiga.


Meu coração sombrio te busca, sem embargo,
e amo teu corpo alegre, tua voz solta e delgada.
Mariposa morena doce e definitiva,
como o trigal e o sol, a ampola e água.


PLABO NERUDA


Filho de um operário ferrroviário e de uma professora primária,
nasceu em 12 de julho de 1904, na cidade de Parral (Chile).
Seu nome era verdadeiro era Neftalí Ricardo Reyes Basoalto.
Perdeu a mãe no momento do nascimento.

Em 1906, a família muda-se para a cidade de Temuco.
Começa a estudar por volta dos sete anos no Liceu para Meninos da cidade.
Ainda em fase escolar, publica seus primeiros poemas no jornal “ La Manãna”.
No ano de 1920, começa a contribuir com a revista literária “Selva Austral”,
já utilizando o pseudônimo de Pablo Neruda
(homenagem ao poeta tcheco Jan Neruda e ao francês Paul Verlaine).


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http://biografias.netsaber.com.br/ver_biografia_c_1472.html

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